Talvez
>> sábado, 27 de outubro de 2007
Talvez não ser,
é ser sem que tu sejas,
sem que vás cortando
o meio dia com uma
flor azul,
sem que caminhes mais tarde
pela névoa e pelos tijolos,
sem essa luz que levas na mão
que, talvez, outros não verão dourada,
que talvez ninguém
soube que crescia
como a origem vermelha da rosa,
sem que sejas, enfim,
sem que viesses brusca, incitante
conhecer a minha vida,
rajada de roseira,
trigo do vento,
é ser sem que tu sejas,
sem que vás cortando
o meio dia com uma
flor azul,
sem que caminhes mais tarde
pela névoa e pelos tijolos,
sem essa luz que levas na mão
que, talvez, outros não verão dourada,
que talvez ninguém
soube que crescia
como a origem vermelha da rosa,
sem que sejas, enfim,
sem que viesses brusca, incitante
conhecer a minha vida,
rajada de roseira,
trigo do vento,
E desde então, sou porque tu és
E desde então és
sou e somos...
E por amor
Serei... Serás...Seremos...
Pablo Neruda
Esse tempo chuvoso sempre me deixa meio melancólica. Está passando um tufão pelo Japão e o tempo está horrível desde ontem. Acabei me lembrando desse poema. Gosto muito de Neruda e em muitos momentos da minha vida me lembro de algum poema dele.
1 Comentário(s):
Que lindo Herika, Neruda é mesmo maravihoso !
Espero que as coisas se acalmem por aí...
Beijos !!
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