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Bebê a bordo

>> quinta-feira, 26 de março de 2009

Na barriga da cunhadinha =D

Pensaram que era eu, né... Vou repetir para não ter mais dúvidas: Aqui a fábrica fechou!

Mas sonhei essa noite que estava grávida... medo...

Bom, meu irmão é o futuro papai e o casal está mais do que feliz. E eu, tia coruja, estou mais feliz ainda.

Depois de um longo tratamento para ovular, muito sofrimento com remédios, sem resultados eficientes, optaram pela fertilização in vitro. Muitas injeções doloridas, hormônios a mil por hora no organismo, aumento de peso, TPM constante, inchaços e mais sofrimentos.

De repente veio a crise e ela perdeu o emprego. O que fazer?

Desistiram na última etapa, afinal somente a inseminação em si custa a bagatela de ¥ 500 mil. Melhor esperar a crise dar uma trégua. Decisão sensata tomada em mútua concordância, desencanaram procurando não pensar nos meses de sofrimento e na pequena fortuna já gasta com os tratamentos.

Ela recebeu a primeira parte do seguro-desemprego e arrumou um baito (bico). Como mostrou disposição para trabalhar e arrumou uma ocupação antes de receber a segunda parcela, o Hello Work pagou um prêmio, um pequeno incentivo para quem não faz corpo mole. Se continuar no emprego ganhará mais ¥ 70 mil (?). Não tenho certeza dos valores, depois ligo para perguntar =p.

Os peitos, já grandes naturalmente, começaram a crescer, ficou parecendo a Danielle Winits. Algo não está normal. Será efeito tardio de tanto hormônio tomado/injetado por tanto tempo? Teste de gravidez na mão, fez 5 só pra não ficar dúvidas e foi ao médico.

Está com 3 meses agora. Previsão para o baby dar as caras e nos fazer babar em Setembro.

Mamãezinha passa bem, continua trabalhando e quer ser mimada... Olha pra barriguinha que começou a despontar e diz que é porque largou o cigarro. Quer ouvir, então eu digo: Não fia, é o bebê que está crescendo... =p

Papai com seus cuidados excessivos só falta falar para parar de respirar pra não fazer esforço. Exageros à parte, o zelo dele está quase nesse nível.

E a crise?

Pois é, a danada mordeu todo mundo, alguns mais forte, outros menos. E diz se não é muito mais gostoso enfrentar a dita cuja ouvindo a gargalhada de um bebezinho ecoando pela casa?

Foto de stock.xchng

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Propaganda

>> quarta-feira, 25 de março de 2009

Vi no blog da Thaís e fui xeretar o Noturnos Imperfeitos. Li, li, li e devorei uma boa parte do blog, assim de uma olhada só. Vale a pena ler, é viciante ;)

Achei muito engraçado que ela cria gerbis chamados Thelma e Louise. Lembrei de uma [errrr...] ex-sogra, quando ela ganhou um casal de papagaios. Na TV passava a novela Torre de Babel. Adivinhem como foram batizados as pequenas aves falantes? Clementino e Clara, claro.

Aí como uma lembrança puxa outra, lembrei de uma [ex-]prima, que era cabelereira quando solteira. Era um salão familiar, as sete irmãs trabalhavam no local e tinham uma vizinha que amava a cultura japonesa. Amante de cachorros batizou seus animais com os nomes das irmãs. Então tinha um poodle chamado Sayuri, um basset chamado Miyuki... o_O Chegava no salão e ia conversando com as clientes como se todo mundo tivesse ciência de suas manias bizarras:

- Ai, hoje a Toshie me deu um trabalho enorme, menina. Imagina que ela conseguiu entrar dentro de casa e fez um cocozão no tapete!

As desavisadas olhavam pra Toshie:

- Você fez o quê????

Aliás, Toshie uma fez foi visitar o seu então namorado e o cachorro da casa dele estava solto. Era um pastor alemão muito bravo e quando a viu avançou para morder. Ela gritou por causa do susto e os dentes dele bateram nos dentes dela. Como resultado quebrou os dentes da frente dela e até os pivôs ficarem prontos ela exibia com uma janelona quando sorria.

- O que aconteceu com você?

- Foi o cachorro do pai do meu namorado.

- Credo! Ele é tão violento assim? Como o teu namorado permite que o pai dele bata em você?

Como é fácil distorcer as coisas, não?

Falando em cachorro, lembrei de uma amiga de infância quando ganhou um Old English Sheep Dog e em sua infantil inocência achou que a "franja" dele era muito comprida e atrapalhava sua visão. Pegou uma tesoura e cortou a franjinha retinha. Fiquei um tempão com a imagem do cachorro (com franjinha no estilo Aline Moraes na novela Duas Caras) na minha cabeça.

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Fim do mundo?

Estou grávida da minha namorada

Este foi o título da notícia que chamou a minha atenção. Fala de duas homossexuais que resolveram ter filhos. Uma delas com problemas nos órgãos reprodutores (endometriose), já perdeu um dos ovários, só tem metade do outro e o útero está comprometido. Com a impossibilidade de fecundar algum óvulo próprio, já que uma gravidez reduziria seu problema, sua companheira doou os óvulos. O médico responsável pela inseminação procurou um doador de sêmen com características parecidas com a da gestante assim elas terão filhos parecidos com as duas, já que uma é branca de cabelos lisos e a outra morena de cabelo enrolado.

Em maio nascerão o casal de gêmeos que ela espera e as duas estão radiantes e ansiosíssimas.

Não estou aqui para apoiar ou criticar ninguém. Se fosse há algum tempo atrás eu as aplaudiria pela coragem e pelo ato de amor. Hoje, como mãe, temo pelo futuro dessas crianças.

A sociedade ainda não está preparada para esse tipo de atitude, veja pelos comentários. Crianças são moldadas pelos preconceitos recebidos pelos pais e sabem ser infinitamente mais cruéis em suas observações do que o mais mordaz crítico de arte.

Apenas torço para que essas mães saibam preparar bem a cabecinha deles para que entendam que nasceram em uma família diferente e que as pessoas consigam entender que diferente não significa errado, nem certo.

Acho que vale a pena colocar aqui o comentário de alguém chamado Adriano que achei interessante: "Tem pessoas que se amam de verdade e fazem de tudo pra ter uma família enquanto outras matam os próprios filhos ou pais... (qual é pior?)"

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Golfinhos

>> sábado, 21 de março de 2009

Recebi do meu irmão e achei tão lindo e interessante que tive que vir mostrar pra todo mundo =p
Não vou por outro vídeo aqui porque senão o blog fica pesado, vou deixar o link pr'ocês assistirem no Youtube se quiserem.

Antes de ver o vídeo leia:
O filme mostra alguns golfinhos brincando com anéis de ar prateados, os quais eles próprios têm a habilidade de fazer debaixo d'água. Não se sabe como eles aprenderam, ou se é uma capacidade inata.

Como por magia o golfinho faz um meneio rápido com a cabeça e aparece um anel prateado bem à frente do bico. É como se fosse uma bolha de ar que não sobe à superfície! Permanece embaixo d'água como uma porta mágica para uma dimensão invisível.

Uma das explicações para o fenômeno diz que invisíveis vórtices giratórios são gerados das costas do golfinho quando ele se move rapidamente e se volta. Quando os golfinhos partem a linha, as pontas são atraídas para um anel fechado. O fluido de alta velocidade à volta do centro do vórtex está a uma pressão mais baixa do que o fluido que circula mais longe. É injetado ar nos anéis pelas bolhas libertadas pelo orifício por onde o golfinho expele o ar. A energia do vórtex de água é suficiente para evitar que as bolhas subam, durante os segundos que duram as brincadeiras.
Entendeu? Nem eu o_O Para assistir, aqui.

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Para babar

Roubei do Blog Vida =p


nossssss vai ser lindo assim no inferno (by Inês). E eu assino embaixo. E depois tem gente que não entende porque eu prefiro o Sawyer ao Jack.

Associa esse rosto lindo, com esse sorriso safado, nesse corpo sarado, um humor sarcástico, anti-herói que tantas vezes se ferra, mas capaz de gestos como pular do helicóptero por acreditar que assim poderia salvar a vida da amada. E Kate prefere o Jack...

Pior que isso é saber que ela, Evangeline Lilly (não a Kate), casou com Dominic Monaghan, o Charles. Afff afff afff!!!

Quem não assiste Lost não deve ter entendido nada, né. Paciência...

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Sobre julgamentos

Depois de "vomitar" toda a minha revolta no post sobre o austríaco, eis que cai em minhas mãos o seguinte texto.
Orgulho e Humildade

Pai amado, ajuda-me em minhas disposições íntimas nos momentos em que sou provado pela vida nos campos do orgulho e da vaidade!…

Ajuda-me por todos os meios a não me acreditar maior e melhor que os demais, a conceber de que sou capaz de melhores resultados naquilo que fazem meus irmãos, levando-me por isso mesmo a humilhá-los, por pensamento, gestos ou palavras...

Não sou melhor que ninguém, meu Pai, sou igual a todos, com alguns elementos a mais ou a menos, conforme as necessidades da minha presente encarnação, e com traços psicológicos que me distinguem dos demais, mas que não me tornam superior a ninguém…

Grande erro, Senhor, supor que aquilo que sou e o que realizo possui, entre todos os teus filhos, importância maior aos Teus olhos.

Amas a todos, Pai, e desejas a felicidade de cada um, ao modo como é possível levá-los a esta felicidade…

Não me compete aqui analisar os caminhos que escolhes para meus irmãos. Se me desagradam e me parecem inferiores, corrige-me enquanto é tempo, despertando em meu coração a virtude da humildade para que eu aprenda a vê-los como Tu os vês, sempre com bondade e compaixão, a surpreender talentos e qualidades onde eu só consigo enxergar defeitos e impossibilidades…

Ilumina meu entendimento, Senhor, para os dons positivos que todos os meus irmãos possuem, indiscutivelmente, e assim, amparando-me a fragilidade d’alma, ainda tão apegada ao egoísmo e à vaidade, desperta em mim a necessidade de ornar-me de humildade, na verdadeira acepção do termo, caso eu deseje realmente tornar-me grande perante a vida e perante os Teus olhos!

Assim seja!

Prece ditada por André Luiz
Instituto de Estudo, Pesquisa e Divulgação Espírita André Luiz
Curitiba, PR
Tudo bem, entendi o recado.
Preciso aprender a não julgar e condenar. Quem sou eu pra poder fazer isso? Ainda tenho muito a aprender.
Mas que lição mais difícil! #umbamdistafail

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Josef Fritzl - Justiça?

>> sexta-feira, 20 de março de 2009

Austríaco é condenado à prisão perpétua.

Quanto tempo eles acham que esse animal, de 73 anos, vai viver ainda?

Que Deus tão cheio de amor tenha misericórdia desse homem, porque se um bicho desses caísse em minhas mãos seria condenado à morte por empalamento em uma estaca bem rombuda pra ir entrando beeeeeeeeem devagar.

Primeiro pensei em deixar preso perpetuamente e botar uma tora no cu do desgraçado todos os dias. Quem sabe por alguém do naipe de Kid Bengala. Pena que John Holmes já não esteja mais entre os vivos e Long Dong Silver parece que usava prótese.

Mas vai que de repente ele gosta da coisa, né. Nunca se sabe porque, apesar de dolorido, tomar no cu não é tão ruim assim também. Há controvérsias! ( ̄~ ̄; )

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O Pequeno Príncipe


Álbum produzido por Irineu Gracia nos anos 50, relançado em 2005, que traz uma adaptação do livro "O Pequeno Príncipe", do escritor francês Antoine de Saint-Exupéry, com tradução de D. Marcos Barbosa. O disco apresenta a fantástica interpretação do talentoso grupo de teatro de Paulo Autran, com Gloria Cometh, Oswaldo Loureiro Filho, Margarida Rey, Benedito Corsi e Aury Cahet. Quem assina a trilha sonora é Tom Jobim.

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Biblioteca Virtual

>> quinta-feira, 19 de março de 2009

Pegando carona da Samantha Shiraishi, vou compartilhar um achado que pra mim tem sido muito bom. Talvez muitos já tenham ouvido falar da Biblioteca Virtual do Estudante de Língua Portuguesa.

É um projeto que existe desde 1997 desenvolvida pela Escola do Futuro da USP em parceria com a AT&T Foundation. Disponibiliza gratuitamente vários livros da literatura da língua portuguesa, audiobooks, vídeos e reportagens entre outras coisas.


Na seção SONS você pode ouvir desde a "Leitura do artigo 1º do Ato Intitucional nº 5", passando por jingles que fizeram sucesso na tv, até alguns cds do Palavra Cantada. Tem uma seção infantil onde dá para ouvir algumas estórias no melhor estilo "Coleção Disquinho". Adorei ouvir Dom Quixote, viajei no tempo.

Para quem, como eu, adora um bom livro mas não tem tempo para sentar e ler, ouvir os próprios é uma boa solução. Não é a mesma coisa, concordo, mas dá pro gasto. Talvez só precise me acostumar.

Vocês não tem idéia do que é passar a roupa ou cozinhar ouvindo Dom Casmurro.

São livros desenvolvidos para deficientes visuais. Super interessante porque começa com uma breve biografia sobre o autor e uma resenha sobre o livro. Os capítulos são separados, assim não somos obrigados a ouvir o livro inteiro de uma vez.

Eu ouço os livros no pc enquanto faço minhas tarefas domésticas, mas concordo com a Sam quando ela diz que adoraria poder ouvir no trânsito. Eu ando muito de carro porque não tem nada aqui em volta de casa a não ser muitas fábricas. Para fazer compras ou ir a algum parque tenho que ir de carro por causa da distância. Imagina poder ouvir um bom livro nessas horas. Ou poder colocar no mp3 player e poder fazer caminhadas ouvindo o Caçador de Pipas. Com uma googlada encontramos os mais variados livros convertidos em formato mp3/wav/rm disponíveis para download. Até os livros da coleção Para Gostar de Ler eu achei em áudio (infelizmente não lembro onde).



Negócio de menino

Tem dez anos, é filho de um amigo, e nos encontramos na praia:
- Papai me disse que o senhor tem muito passarinho...
- Só tenho três.
- Tem coleira?
- Tenho um coleirinha.
- Virado?
- Virado.
- Muito velho?
- Virado há um ano.
- Canta?
- Uma beleza.
- Manso?
- Canta no dedo.
- O senhor vende?
- Vendo.
- Quanto?
- Dez contos.
Pausa. Depois volta:
- Só tem coleira?
- Tenho um melro e um curió.
- É melro mesmo ou é vira?
- É quase do tamanho de uma graúna.
- Deixa coçar a cabeça?
- Claro. Come na mão...
- E o curió?
- É muito bom curió.
- Por quanto o senhor vende?
- Dez contos.
Pausa.
- Deixa mais barato...
- Para você, seis contos.
- Com a gaiola?
- Sem a gaiola.
Pausa.
- E o melro?
- O melro eu não vendo.
- Como se chama?
- Brigitte.
- Uai, é fêmea?
- Não. Foi a empregada que botou o nome. Quando ela fala com ele, ele se arrepia todo, fica todo despenteado, então ela diz que é Brigitte.
Pausa.
- O coleira o senhor também deixa por seis contos?
- Deixo por oito contos.
- Com a gaiola?
- Sem a gaiola.
Longa pausa. Hesitação. A irmãzinha o chama de dentro d'água. E, antes de sair correndo, propõe, sem me encarar:
- O senhor não me dá um passarinho de presente, não?

Rubem Braga in Para Gostar de Ler - Volume 1 - Crônicas

Foi com esse tipo de livro que tomei gosto pela leitura. E tenho a impressão que "no meu tempo" é que se escreviam coisas boas (saudades da Coleção Vagalume). Obviamente não menosprezando J. R. R. Tolkien, J. K. Rowling, Dan Brown (entre outros) que eu adoro também =p

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Corinthians sim

>> quarta-feira, 18 de março de 2009

Já tinha visto esse vídeo por aí, não lembro onde, mas quando vi no blog do kurati fiquei com vontade de falar sobre o futebol aqui em casa =p

O Helio assistiu e adorou. Claro, santista roxo como ele tem mais é que gostar de um molequinho santista inato. E não é que ele é bonitinho.

Melissa acho que será corinthiana. Quando era menor sabia encontrar Coração Corinthiano no toque do meu keitai. Até hoje não consigo entender qual critério ela usava para achar a música no meio de tantas outras, sem saber ler. Acho que é instinto corinthiano mesmo =p O pai ensinou a falar Santos bonito quando vê o símbolo mas pra desgosto dele, ela canta o hino do timão =D

Hoje ela oscila, quando está com o Helio fala: "Papai, Santos bonito!" Quando está comigo fala: "Mamãe, Santos feio!"

Karina ainda não fala e nem entende nada de nada, mas dada a clara preferência da baixinha pelo pai, tenho quase certeza que essa será santista quando crescer.

Só uma coisa é certa. Nessa casa os corações são preto e branco. Tenho que ensinar logo as meninas a cantarem: "Doutor, eu não me engano, meu coração é corinthiano". Acho que ganho essa disputa =p

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Machucados

Karina se machucou.

Estava dando banho na Melissa e ouvi Karina se esgoelando na sala. Nem imaginei o que poderia ser, uma vez que estando com o pai ela fica mais do que sossegada. Quando saí, estava no colo do Helio e na testa um puta galão roxo e sangrando.

Tremendo vesti a Melissa, me troquei e fui procurar as carteirinhas dos hokens que eu tinha tirado quando troquei de bolsa. No meu desespero não achei o maledeto e perdi mais de meia hora na minha insana procura. Karina sonolenta no colo do pai e eu chamando toda hora para que ela não dormisse. Karina chorava e eu ficava cada vez mais cega. Finalmente achei no lugar que procurei primeiro porque tinha certeza do lugar onde tinha guardado (como não vi a sacolinha ali na minha cara?).

Agora o grande dilema: Onde levar? 8 da noite o pediatra que costumo levar está fechado.

Levar ao Kyukyu Center? Tenho uma experiência traumática da única vez que levei Melissa com 40º C de febre e vomitando, o médico super mal educado e mal humorado me deu uma puta bronca, não soube diagnosticar, me deu uns remédios pra ela parar de vomitar e mandou levar ao pedi no dia seguinte na primeira hora. E ainda por cima tive que pagar por esse atendimento porco. Saí de lá muito irritada e não dei remédio nenhum pra ela tomar. Como ele passa medicamentos sem saber o que a menina tem? Achei um absurdo! Mais absurdo cobrar por isso.

Levar ao plantão da clínica pediátrica da cidade vizinha? O Oohashi é considerada a melhor dessa região, mas uma vez que levei Karina lá também não tive uma experiência muito satisfatória. Era véspera da festa de aniversário dela, sábado de tarde. O pediatra delas fechado e de repente Karina começa a inchar. Deu uma febrezinha e quando vi a orelha dela estava super "estufada". Essa era a sensação quando se olhava para ela. Sério a orelha dela chegou a ter a grossura do meu mindinho. Quando cheguei lá, ela estava sem febre mas ainda inchada. Fui bem atendida mas o médico não soube me dizer o que acontecia com meu bebê.

- Deve ser alergia. Evite dar ovos, leite, castanhas, camarão e chocolate.

Passou um antitérmico para o caso da febre voltar e mandou procurar um alergista.

Também aquele dia eu estava sem um dos hokens. Estava na casa da Ellen terminando os preparativos da festa e fui direto de lá. Tive que pagar o valor integral da consulta e dos remédios. Mas se eu apresentasse o dito até o último dia do mês conseguiria a devolução do que paguei a mais. No total deu uns ¥ 8000. Claro que eu queria a devolução. Consulta infantil aqui custa ¥ 500 e os remédios são "di grátis". Acontece que o último dia do mês era o dia seguinte, domingo, o dia da festa. Mas, quando passei lá antes de ir ao salão, a recepcionista não queria me pagar, mandou voltar na segunda porque domingo não costumam fazer esse tipo de serviço. Mas foi a atendente do dia anterior que me disse pra voltar no dia seguinte, porque mesmo que não fizessem isso em domingos, era o último dia e se deixasse para segunda eu não teria mais direito à devolução porque já teria virado o mês. Fiquei um bom tempo batendo boca, já que a outra atendente não estava ali. No fim aceitei não receber naquele dia se ela me escrevesse uma declaração de próprio punho se responsabilizando a me ressarcir caso eu perdesse o direito da devolução. Mandei assinar e bater o hanko. Fui para a festa 40 minutos depois com os ¥ 7500 dentro da carteira.

Infeliz realidade: Neguinho que não fala a língua se fode nessa terra.

Felizmente o médico que levo as meninas além de pediatra (shounika), é clínico geral (naika) e alergista (arerugika). Com um exame de sangue foi comprovado forte alergia ao amendoim, leve em leite de vaca e clara de ovo. Proibição apenas ao amendoim.

Eu tinha dado pão com pasta de amendoim para as crianças lancharem naquele dia. Sorte a Karina não ter gostado e cuspido. Se apenas lambendo um pouco o corpo dela reagiu daquela forma, imagina se tivesse comido o pedaço que eu tinha dado. Não quero nem pensar...

Bom, como o machucado não foi tão grave apesar do enorme calombo, achei melhor levar ao Kyukyu Center por ser mais perto, já tinha perdido tempo demais procurando os hokens.

Fomos super bem atendidos pelo plantonista. Mas ele olhou pra Karina no meu colo:

- Ela chorou logo que caiu?

- Sim.

- Desmaiou, vomitou ou teve convulsões?

- Não.

- Hum... - pegou uma lanterna, e eu pensei que ia olhar dentro dos olhos, mas olhou o machucado bem de perto - Hum... Tudo bem, ela está bem, podem ir embora.

- Hã?

- Ela não teve nenhuma reação violenta, sinal que não afetou nada dentro, apenas o choro normal pela dor e pelo susto. O corte foi superficial, por isso não precisa de pontos e o galo é normal, vai desinchar. Não vou tirar radiografias porque para imobilizar uma criança de 1 ano é preciso prender na maca e ela está genki (bem, saudável) não precisa submeter a coitada a um estresse desses. Não vou passar remédios porque não tem necessidade, não precisa desinfetar com nenhum remédio também. Apenas lave com bastante água e mantenha o corte limpo. Coloque band aid somente se ela ficar coçando o local. Pode dar um banho de chuveiro normal, evite o ofurô. Fique de olho nas próximas 6 horas, porque uma batida na cabeça às vezes as reações não aparecem na hora. Podem ir. - Sempre sorrindo.

Simpático. Tanto que Karina nem chorou quando ele veio examiná-la. Muito pelo contrário, até sorriu para ele, a safada. Ela, que estranha todo mundo e não vai no colo nem dos tios que encontra sempre, sorriu para aquele desconhecido. Será sinal que devo confiar nele? Confesso que apesar de ter ficado mais aliviada em ver que meu bebê estava bem, eu teria desencanado melhor se tivesse uma radiografia comprovando que não afetou nada dentro da cabecinha dela. Mas agradeci o fato dele ter pensado em seu bem-estar e não querer estressá-la desnecessariamente.

Ela dormiu bem. Acordou somente hoje de manhã e já está sem galo, apenas o machucado já seco. Dormiu novamente, está um pouco mole. Aparentemente está bem, mas ainda estou temerosa. Não quero dar uma de mãe desesperada e correr ao pediatra por isso estou de olho. Nem consegui dormir com medo de dar alguma reação e eu não acordar, agora estou podre. O Helio olhando minha cara, que deve estar bem acabada, falou ao sair pra fábrica.

- Ela está bem. Descansa um pouco. Aproveita que as duas estão dormindo.

Eu devia fazer isso, mas olhei pra pia cheia de louça que não lavei ontem porque já estava tarde. Olhei pro cesto de roupas cheio de peças pra lavar. Olhei pra mesa cheia de papéis que Melissa picou com a tesourinha que comprei pra ela. Botei a casa em ordem e olhei pro computador pedindo pra ser ligado e acabei vindo atualizar o blog =p

Em tempo, Karina caiu da cadeira do computador e bateu a cabeça na quina do pé da mesa. Tinha uma proteção ali mas Melissa arrancou =(

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Reclamação

Bosta de Twitter! Desde ontem todas as minhas twittadas estão desaparecendo. Algumas de ontem são essa e essa, e as de hoje podem ver aqui, aqui e aqui que postei mas não aparecem mais, nem em web, nem no twitkit, nem nas páginas dos meus amigos. Cadê???

Aparecem no TwitterFox, por isso consegui resgatar as páginas acima =D

Já mandei um DM ao @tbrasil, mas aparentemente foi apagado também.

Mais alguém com o mesmo problema?

Õ.ó Õ.ó Õ.ó Õ.ó Õ.ó

Ah! Percebi agora que não dava pra comentar no blog desde ontem, né. Já arrumei =p

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Cárcere

>> terça-feira, 17 de março de 2009

"Que lugar apertado!" Esse foi o pensamento que me acompanhou nesses últimos meses. Mal tenho como me espreguiçar aqui, mas não tenho como reclamar do aconchego: caminha quentinha e macia, apesar da escuridão. Comidinha prontinha na hora que tenho fome, até parece que adivinham.

Ei! Não empurra! Onde vão me levar? Por que não podem me deixar em paz aqui no sossego? Gente mal educada.

Não, não empurra, já falei. Também não vale me puxar. Que corredor é esse? Aqui está mais escuro do que onde vocês me colocaram. Não, não quero ir por aí. Tenho medo! Prometo não reclamar mais, prometo não chutar mais as paredes, prometo o que quiserem, mas me deixem ficar, por favor.

Por que ninguém me ouve? Estou suplicando humildemente...

Ai minha cabeça, que curva é essa? Esse corredor está muito apertado, não estou gostando da situação. Está até deformando a minha cabeça. SOCORRO!!! Alguém me leva de volta, por favor!

Ai, ai, ai. Isso dói, está apertado. Outra curva, estou sufocando, parem, isso é tortura.

Espere! Estou vendo uma luz. É a saída? É para onde preciso ir? Fechou? Novamente na escuridão. É algum tipo de castigo? Mas agora eu quero sair.

Vai, isso, mais um empurrãozinho. Estou conseguindo, já vou sair, sim, vou sair. Mais um pouco, por favor, minha cabeça já está passando. Por que não fizeram uma abertura maior?

Assim... me puxa. Estou saindo, estou saindo, estou saindo...

Consegui!!!

Gente! Eu nasci!!!

Ai, não bate em mim. Médico folgado!

Redação escrita na época do colégio. Redação nunca foi o meu forte, mas essa ganhei um MB* que me deixou feliz da vida =p

Nota
No colégio que eu estudava, as notas eram MB (Muito Bom), B (Bom), R (Regular) e F (Fraco, que era a única nota vermelha). Diferente, né. Será que isso influenciou para que ele falisse?

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Autorretratos

>> sábado, 14 de março de 2009

Outro dia peguei Melissa fazendo caretas na frente do keitai. Percebi que ela estava tirando fotos, mas nem fui mexer.

Ontem resolvi esvaziar a memória e achei um monte de fotos e vídeos de autoria da baixinha. Dei muita risada com as coisas gravadas. As fotos mais engraçadas coloquei num slide porque acho que fica mais fácil pra ver.

Os vídeos, até que ela filmou bem. O que eu mais ri foi um que ela pegou o Helio jogando game com Karina pendurada nele. Tá lá o carão do Helio bem na hora que ele foi espirrar. As caretas que ele fez são impagáveis, mas não vou mostrar porque senão ele me mata huahuahua


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Sobre traição

>> quinta-feira, 12 de março de 2009

Fui uma pessoa muito rancorosa. Guardar ressentimentos e mágoas antigas só fazem mal à gente mesmo eu sei, mas não me sentia capaz de perdoar essas pessoas, talvez por não conseguir me perdoar por permitir que me magoassem.

Graças a Deus eu mudei. Nada como a maternidade para nos por no devido lugar. Já vi em muitos blogs e sites voltados para as mães a pergunta: "O que mudou em sua vida depois dos filhos?" ou "O que a maternidade te ensinou?" E li as mais variadas respostas, mas em linhas gerais falam sobre como aprendeu a ser mais paciente, mais tolerante, mais humana, mais preocupada com o mundo e algo como se sentir tornar-se mãe de todas as crianças do mundo. Apesar das diferentes experiências que vivenciamos, posso dizer que senti um pouco disso tudo sim, mas principalmente, aprendi a ser filha. Acho que já disse algo sobre isso quando Melissa estava para nascer e minha mãe estava pra chegar aqui no Japão. Não me lembro direito, vou procurar =p

Sempre fui voluntariosa e a palavra obediência não constava em meu dicionário. Se conseguisse conquistar meu respeito, não era necessário me dar ordens. Claro que sempre segui as regras das escolas e das empresas em que trabalhava por não ter outra alternativa: ou agia de acordo com as normas internas ou não podia estar naquele local, simples assim. Mas se eu estivesse em total desacordo com as normas eu mandava tudo às favas e procurava outro lugar em que eu me sentisse mais confortável. Com as escolas isso era mais difícil, mas com os empregos é relativamente fácil fazer isso, sim.

Nesse ponto, eu não mudei tanto assim. Tenho minhas convicções e minhas verdades, mas aprendi a respeitar pontos de vista diferentes do meu. E se não puder ter um debate saudável (onde um nada impõe ao outro) prefiro calar-me. Assim como ninguém tem o direito de me impor seu ponto de vista eu também não tenho esse direito. Nossas opiniões e as posições que tomamos em determinadas situações são baseadas nas nossas experiências e isso é pessoal demais, não tem como fazer outra pessoa (pensante) a aceitar sem contestar.

Aprendi a perdoar coisas e pessoas que eu achava que nunca fosse conseguir. Hoje olho o mundo com outros olhos e consigo encontrar [quase] sempre um boa razão para relevar o fato e seguir minha vida com o coração leve. Se não encontrar uma explicação aceitável, deixo de lado, o tempo há de me dar uma resposta, procuro não ficar remoendo.

Mas uma coisa que eu não perdoo de forma alguma é traição. Quem me conhece sabe minha posição quanto a isso e não há Cristo que me faça mudar de ideia, pelo menos não por enquanto.

Me chamam de perversa quando falo que se algum dia eu descobrir uma traição do Helio vou amarrá-lo, vou cortar o Pedrão, picar e tacar fogo na frente dele para que nunca mais possa reimplantar o dito cujo.

Mas hoje lendo o blog do Orlando (Cantinho do Landinho), vi uma piada que me deu ideias =p
Aquela mulher executiva, líder e dominadora chegou em casa exausta e flagrou o marido na cama com outra mulher.

Não conseguindo conter a raiva, ela pegou uma arma e arrastou o marido até a garagem. Chegando lá, prendeu o pênis dele numa morsa, apertou até ficar bem preso e retirou a alavanca da morsa. Em seguida, ela foi no armário de ferramentas, retirou um serrote e colocou sobre a bancada. Desesperado, o marido gritou:

— Querida, você não vai cortar ele, vai?

— Claro que não! — respondeu a mulher. — Você é quem vai fazer isso! Eu só vou botar fogo na garagem!
Sorte do Helio não ter garagem aqui em casa.

Update
Achei! Nada como ter um sistema de busca no blog ;)
Aliás, achei mais de um post sobre o assunto (e nenhum deles da época do nascimento, eita memória falha) mas acho que os mais relevantes são esse e esse. Se quiser relembrar/conhecer minhas conjeturas na época é só clicar.

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Não é fácil ser mulher

>> domingo, 8 de março de 2009

"Tenta sim. Vai ficar lindo."

Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render à depilação na virilha. Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve. Mas acho que pentelho não pesa tanto assim. Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa. Eu imaginava que ia doer, porque elas ao menos me avisaram que isso aconteceria. Mas não esperava que por trás disso, e bota por trás nisso, havia toda uma indústria pornô-ginecológica-estética.

- Oi, queria marcar depilação com a Penélope.

- Vai depilar o quê?

- Virilha.

- Normal ou cavada?

Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada. Mas já que era pra fazer, quis fazer direito.

- Cavada mesmo.

- Amanhã, às... deixa eu ver...13h?

- Ok. Marcado.

Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves, porque sabia lá o que me esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique. Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui. Assim que cheguei, Penélope estava esperando. Moça alta, mulata, bonitona. Oba, vou ficar que nem ela, legal. Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado.

Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor. De um lado a parede e do outro, várias cortinas brancas. Por trás delas ouvia gemidos, gritos, conversas. Uma mistura de Calígula com O Albergue. Já senti um frio na barriga ali mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas.

- Querida, pode deitar.

Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca. Mas a Penélope mal olhou pra mim. Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha. Ali estavam os aparelhos de tortura. Vi coisas estranhas. Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça. Meu Deus, era O Albergue mesmo. De repente ela vem com um barbante na mão. Fingi que era natural e sabia o que ela faria com aquilo, mas fiquei surpresa quando ela passou a cordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte.

- Quer bem cavada?

- ...é... é, isso.

Penélope então deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Abigail, nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes.

- Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco senão vai doer mais ainda.

- Ah, sim, claro.

Claro nada, não entendia porra nenhuma do que ela fazia. Mas confiei. De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma espátula melada de um líquido viscoso e quente (via pela fumaça).

- Pode abrir as pernas.

- Assim?

- Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga cada perna pra um lado.

- Arreganhada, né?

Ela riu. Que situação. E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilha virgem. Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de puxar.

Foi rápido e fatal. Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada havia sobrado na maca. Não tive coragem de olhar. Achei que havia sangue jorrando até o teto. Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de ligar para o Samu. Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era tudo supernatural.

Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa. Eu havia esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais.

- Tudo ótimo. E você?

Ela riu de novo como quem pensa "que garota estranha". Mas deve ter aprendido a ser simpática para manter clientes. O processo medieval continuou. A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope. Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer. Todas recomendam a todas porque se cansam de sofrer sozinhas.

- Quer que tire dos lábios?

- Não, eu quero só virilha, bigode não.

- Não, querida, os lábios dela aqui ó.

Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios? Putz, que idéia. Mas topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo.

- Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor.

Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma conferida na Abigail.

- Olha, tá ficando linda essa depilação.

- Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto.

Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balançado com a respiração das duas. Estavam bem perto dali. Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo. "Me leva daqui, Deus, me teletransporta". Só voltei à terra quando entre uns blábláblás ouvi a palavra pinça.

- Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram uns pelinhos, tá?

- Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada.

Estava enganada. Senti cada picadinha daquela pinça filha da mãe arrancar cabelinhos resistentes da pele já dolorida. E quis matá-la. Mas mal sabia que o motivo para isso ainda estava por vir.

- Vamos ficar de lado agora?

- Hein?

- Deitar de lado pra fazer a parte cavada.

Pior não podia ficar. Obedeci à Penélope. Deitei de ladinho e fiquei esperando novas ordens.

- Segura sua bunda aqui?

- Hein?

- Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda.

Tive vontade de chorar. Eu não podia ver o que Pê via. Mas ela estava de cara para ele, o olho que nada vê. Quantos haviam visto, à luz do dia, aquela cena? Nem minha ginecologista. Quis chorar, gritar, peidar na cara dela, como se pudesse envenená-la. Fiquei pensando nela acordando à noite com um pesadelo. O marido perguntaria:

- Tudo bem, Pê?

- Sim... sonhei de novo com o cu de uma cliente.

Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu Twin Peaks. Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação. Sei que ela deve ver mil cus por dia. Aliás, isso até alivia minha situação. Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos? E aí me veio o pensamento: peraí, mas tem cabelo lá?

Fui impedida de desfiar o questionamento. Pê puxou a cera. Achei que a bunda tivesse ido toda embora. Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que tivesse ali. Com certeza não havia nem uma preguinha pra contar a história mais. Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo. Sons guturais, xingamentos, preces, tudo junto.

- Vira agora do outro lado.

Porra... por que não arrancou tudo de uma vez? Virei e segurei novamente a bandinha. E então, piora. A broaca da salinha do lado novamente abre a cortina.

- Penélope, empresta um chumaço de algodão?

Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais, vergonha demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem? Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope. E agora a vizinha inconveniente.

- Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.

- Máquina de quê?!

- Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol.

- Dói?

- Dói nada.

- Tá, passa essa merda...

- Baixa a calcinha, por favor.

Foram dois segundos de choque extremo. Baixe a calcinha, como alguém fala isso sem antes pegar no peitinho? Mas o choque foi substituído por uma total redenção. Ela viu tudo, da perereca ao cu. O que seria baixar a calcinha? E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável.

- Prontinha. Posso passar um talco?

- Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.

- Tá linda! Pode namorar muito agora.

Namorar... namorar... eu estava com sede de vingança. Admito que o resultado é bonito, lisinho, sedoso. Mas doía e incomodava demais. Queria matar minhas amigas. Queria virar feminista, morrer peluda, protestar contra isso.

Queria fazer passeatas, criar uma lei antidepilação cavada.

Queria comprar o domínio preserveasbucetaspeludas.com.br.

- ❤ -

Eu ri muito, porque lembrei que umas semanas atrás, pra agradar o maridinho, depilei geral e quase morri de tanta coceira quando começou a nascer. Aliás, eu ouvi da Melissa a mesma pergunta que ela fez ao tio da Ellen =D

Recebido por email e sem autoria pra variar. Dei uma googlada mas nada achei. Se alguém souber me avise para que eu possa creditar. Vai saber, às vezes foi um post-relato-real de algum blog e eu tô aqui achando que é apenas uma crônica engraçada.

Em tempo: Feliz Dia Internacional da Mulher!

Update
Nada como ter bons colaboradores para uma resposta rápida aos nossos apelos =p
A Naomi do Pensamentos de Uma Batata Transgênica já me ensinou o caminho das pedras e posso dar os devidos créditos: a autora do texto se chama Valeria Semeraro, é de Vitória/ES e escreveu esse relato em seu blog Redatoras de Merda em maio/2007. Não entendo por que não entrou na busca do Google, porque achei uma porrada de gente que publicou como Autor Desconhecido.
Anyway, a César o que é de César. Obrigada Naomi!!!
Nos comentários ainda achei o link para um vídeo no Youtube que eu ri muito também.
http://www.youtube.com/watch?v=BWzi2W6AJKw

PS.: Um pequeno conselho para quem gosta de enviar textos interessantes por email. Não é crime querer compartilhar, basta dar os créditos e a fonte. Aliás, é tão mais fácil enviar o link para o blog, assim o indivíduo seu amigo/parente/família pode se deliciar com outros textos igualmente ricos. Não seja egoísta ;)

Cabe mais uma nota? Gostei tanto do Redatoras de Merda que ele já entrou no blogroll =D

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Desencontros

>> sexta-feira, 6 de março de 2009

Quando o pai comprou aquele terreno e se mudou para a casa recém construída não poderia imaginar que três de seus filhos se casariam com as crianças da casa vizinha.

Maurício gostou de Cristiane e logo a pediu em namoro. Cristiane gostou de Sérgio, que vendo seu irmão cercando sua eleita tratou logo de se declarar e começou aí uma longa história de amor.

Fátima gostou de Maurício e demonstrando seu interesse pelo rapaz, começaram outra história ali.

Os personagens da terceira história são Luciana e Hilton.

Maurício, Luciana e Sérgio são irmãos. Na época, respectivamente com 15, 13 e 10 anos. Eu estava com 5 anos e apaixonada pelo primo Sérgio, dizia que o desposaria quando crescesse. Cristiane e Fátima são primas, ambas com 12 anos e tio delas, o garoto Hilton com 16.

Com oito anos de namoro Luciana e Hilton se casaram. Tiveram um filho. As coisas apertaram e eles vieram para o Japão. O filho voltou ao Brasil e hoje já é pai. Apesar dos apertos financeiros, vivem bem e felizes.

Fátima engravidara com 17 anos. Teve que largar as bonecas e cuidar de um bebê real. Casaram-se às pressas (se é que depois de quase 4 anos de namoro poderia ser taxado assim). Noivaram e um mês depois o casamento foi realizado na sala da casa de meus pais. Foi lindo!

Tiveram três filhos e uma neta. Hoje estão separados. A notícia não foi surpresa nenhuma visto que as traições dela não eram segredo para a família, só para o marido.

Eu me dava bem com ela e lamentei o fato apesar de achar o desfecho compreensível e inevitável.

Nessa mesma época, há dois anos, Cristiane e Sérgio também anunciaram a separação. Casaram-se depois de doze anos de namoro, tiveram dois filhos e muitos momentos felizes de autêntica cumplicidade. Eram o Casal 20 da família. Almas gêmeas em harmoniosa sintonia. E eu ainda me pergunto onde foi que eles se perderam.

Viveram bem e unidos até ela vir para o Japão. Ele estava afundado em dívidas e judicialmente impedido de sair do país. Para ajudar o marido financeiramente a solução foi vir para cá com a filha. Quase morreram com a distância física, já que nunca haviam se separado antes. Não sei o que aconteceu nesse ano e meio que ela esteve morando com as irmãs. Rolou muita especulação, fofoca e comentários maldosos entre a parentada, mas eu me mantive afastada dessas coisas. Estavam falando de duas pessoas que eu adoro e para não ficar brigando preferi não participar desses debates que corriam soltos no Messenger.

Ela me disse que perdera o respeito que tinha por ele. Não discuti, como discutir algo assim? Mas fiquei triste, muito triste.

Não sou dada a sentimentalismos, mas me dou o direito de chorar, sem culpas, quando vejo um casamento acabar. Assim como me emociono quando vejo duas pessoas que resolveram se unir.

Quiçá futuramente esses desenlaces não possam ser revertidos e eles consigam resgatar o sentimento que um dia os uniu.


* Se o enredo lhe é familiar, isso não é mera coincidência. Apesar dos nomes terem sido trocados, os fatos são reais. Quisera ter o dom de inventar uma crônica assim. Infelizmente a vida está recheada de histórias dolorosas.

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Amizade eterna

>> quinta-feira, 5 de março de 2009

- Ela é minha melhor amiga!

Quantas vezes não repeti essa frase na infância ou na adolescência. Amigonas de ficar horas pendurada no telefone, de andar de mãos dadas nas ruas, de ir dormir uma na casa da outra. Melhores amigas que o tempo acabou distanciando e a amizade acabou "esfriando", vamos assim dizer.

Lembro muito bem o rosto delas e tenho uma vontade enorme de saber como estão agora. Uma ou outra eu tenho notícias através de minha mãe, outras desapareceram, ninguém sabe mais delas. Outras, graças à santa internet, eu consegui resgatar.

Arisa é minha amiga desde que eu me lembre por gente. Nossa amizade nasceu como uma extensão da amizade de nossos pais, mas continuou por mérito próprio. Garota sensível, sempre soube quando eu não estava bem. Nunca se esqueceu de mim em seus passeios, lembro uma vez quando veio ao Japão por conta de uma "excursão" que teve no nihongakkou e ela me levou lápis dos mais variados modelos e cheiros (alguns tinham cheiro de morango, outros de melão). Mesmo que eu nunca tivesse comentado com ela do meu fascínio por essas tranqueiras, ela adivinhou exatamente o que me deixaria feliz. Guardei esses lápis até vir pra cá, nunca tive coragem de usá-los tão lindos eles eram.

Passamos um bom tempo afastadas. Saí do gakkou, saí de casa, saí do país. De certa forma dei as costas ao meu passado e vim recomeçar a minha vida.

Acho que tinha passado quase 10 anos quando nos reencontramos. Em 95 voltei ao Brasil para o aniversário de 1 ano do meu sobrinho e tive a chance de comprovar que uma amizade verdadeira não morre com a distância ou com a ausência. Nossas vidas tinham mudado radicalmente, assim como nossas cabeças, mas os poucos encontros que tivemos nos mostrou que felizmente a afinidade não havia se alterado.

Uma das pessoas mais inteligentes que conheço, por quem, além do enorme carinho, nutro uma profunda admiração, tenho o orgulho de chamar de Amiga. Assim com A maiúsculo mesmo.

Companheira, sensível, super-hiper-ultra-mega simpática, sempre com um sorriso nos lábios pronta pra me por pra cima com palavras de incentivo, foi de uma importância ímpar quando passei por uns maus bocados, nunca vou conseguir expressar o quanto seus emails tinham o poder de me levantar. E além de todas essas qualidades, é a pessoa mais modesta que já conheci.

Todo esse confete é para divulgar seus blogs, que garanto, valem a pena visitar. Foi com muita alegria que recebi a notícia que agora ela é minha "vizinha" e convido todos a conhecerem-na.

Arisa
Glimpses - A narrow window in (y)our life
COLORS by Arisa - Mini Portfolio

Muito sucesso, minha querida amiga. Te amo!!!

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Imagens

>> quarta-feira, 4 de março de 2009



Quando se é a fotógrafa oficial da casa é normal ter poucas fotos da mesma, isso é indiscutível. Mas essa semana quando me pediram uma foto recente e fui procurar na pastinha, vasculhei as milhares de fotos e tive a triste constatação que desde o verão passado ninguém se interessou em tirar uma foto minha.
Hoje tive que pedir ao Helio pra tirar uma foto minha com as meninas depois que ele voltou, porque depois que as meninas quase derrubaram a câmera em cima do tripé, desisti e não consegui me auto-fotografar.
E justo hoje, ele demorou pra caramba pra voltar por causa da neve. Aqui em casa estava caindo uns farelos de manhã mas parou completamente e apesar do tempo fechado não parecia que ia começar a nevar como estava previsto. Demorou, só lá pelo meio-dia que começou uma neve tímida que logo parou e chegou a derreter o pouco que tinha embranquecido o chão. Mas lá pelas 3 começou a cair uns flocões e não parou mais até agora a pouco. Acumulou bem, ficou bonito.
Se não chover como está previsto isso vai congelar, aí não quero nem ver como vai ficar.
Até o Helio se animou a filmar um pouco =D

http://qik.com/video/1156422

[update]Tirei o vídeo por perceber que ele estava atrapalhando o carregamento do blog e porque não sei como "embedar" o vídeo específico, acaba aparecendo o último vídeo filmado[/update]

Tadinho, ele tirou a neve de cima do carro, mas olhando pela janela, e vendo que não está chovendo, já tá todo branco de novo =p

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Verdadeiro ou falso - As respostas

>> domingo, 1 de março de 2009

Finalmente as respostas do meme sobre as frases. Quem não viu ou não lembra leia aqui.

1. Já tive cachorros chamados Jack, Max e Bruna Carolina.
Verdade. Jack foi o primeiro cachorro que tivemos em casa. Um pastor alemão que pegou cinomose ainda filhote e teve que ser sacrificado. O boxer Max entrou pra família quando mudamos de casa. Casa maior e meu pai achou melhor ter um cachorro grande pra olhar a casa. Bruna era um dogue alemão e veio com pedigree, foi registrada Bruna Carolina Van'Oder, mas os antigos donos a chamavam de Aninha.

2. Adoro frutos do mar.
Mentira. Morro de nojo de lulas, polvos e mariscos.

3. Sou budista.
Mentira. Sou umbadista praticante.

4. Sou leitora compulsiva. Já cheguei a ler bula de remédio por não ter livros ou revistas por perto.
Verdade. Sou do tipo que lê uma revista de cabo-a-rabo literalmente, sem pular nenhuma propaganda, mesmo já a conhecendo.

5. Sou chocólatra.
Mentira. Apesar de gostar de chocolate, meu fascínio por esse doce não chega a tanto.

6. Sei tocar violão.
Verdade. Aprendi quando tinha 13 anos mas já faz tanto tempo que não pego em um que acho que já esqueci =p

7. Já me senti um enlatado depois de ouvir que estou conservada.
Verdade. Como não aparento a idade que tenho, vira e mexe alguém solta uma dessas. Conservada mata, heim.

8. Curto Vivaldi, Wagner, Bach, Iron Maiden, Metallica, Chitãozinho e Xororó, Netinho, É O Tchan, Caetano Veloso, Legião Urbana e Paralamas do Sucesso.
Verdade. Tenho um gosto bem eclético quando o assunto é música. Tenho outros cantores/compositores que curto, mas essa é uma pequena mostra do meu estranho gosto musical.

9. Fui ao show do Falamansa.
Verdade. Quando eles vieram ao Japão e se apresentaram em Nagano eu fui com uns amigos assistir. Gosto de forró também =p

Então a resposta certa é: 2, 3 e 5.

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