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[Escola] Corrida de resistência

>> segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Todos os anos é a mesma coisa, chega no segundo semestre as crianças começam a treinar para uma corrida de resistência, o 持久走大会 (じきゅうそうたいかい ― Jikyuusou Taikai).  Aquilo que sempre chamei de "maratona" escolar, e agora resolvi ir atrás da tradução correta e "corrida de resistência" realmente é bem mais adequado.

Na escola das meninas costuma acontecer em dezembro, esse ano será em novembro, dia 28 para ser mais exata. Como eles são mega organizados, caso chova ou aconteça algo que impossibilite que o evento ocorra no dia, tem um dia de reserva, que esse ano será dia 3 de dezembro.

Assim como acontece no verão, quando nas aulas de educação física as crianças entram na piscina, todas as manhãs temos que medir a temperatura, anotar a hora que foi dormir, a hora que acordou, se tomou café da manhã e se tem algo que impeça a criança de treinar no dia e, claro, assinar.

Clique para ampliar
E também igual a piscina, temos que autorizar a participação dos filhos nesses eventos.

É uma corrida hard. Tudo bem, crianças tem que correr, pular, brincar ao ar livre blá blá blá. Eu SEI. Por isso todos os finais de semana vamos aos parques com as meninas para que elas possam brincar da forma tradicional, gastando energia física, construindo um corpo saudável. Mas sério mesmo que é necessário fazer crianças de 6 anos correr 900 m?

A programação aqui é:

1º e 2º anos
900 m
3º e 4º anos
1400 m
5º e 6º anos
2200 m

Esse ano pelo menos será na escola, já que acabou a reforma. Até ano passado ocorria em um parque aqui perto. O parque é bom, tem rota para caminhadas e corridas, mas tem subidas e descidas e eu morria de dó das crianças tremendo de frio e cansaço, correndo de camiseta e bermuda a uma temperatura baixíssima. Tudo bem, enquanto está correndo não sentem frio, mas tem que esperar sentados no chão até as outras séries acabarem, ficam ali encolhidos de frio, de CAMISETA e BERMUDA.

Minhas meninas ODEIAM correr. Correm brincando, mas correr tipo maratona não é a praia delas. Melissa sempre chega entre as últimas.  Ano passado um dia voltou falando de uma amiguinha que chorou porque chegou em antepenúltima.  E ainda complementou:

- Não entendo porque chora.  Eu cheguei em última e não chorei.

Ai ai ai.  Acho bom ela não ser competitiva, fazer as coisas que consegue sem querer ser a melhor. Claro que ela gosta de ganhar, mas não vira aquelas pessoas chatas que PRECISAM mostrar que é melhor em tudo.  Não é saudável, não é legal e realmente viram pessoas chatas pra caramba.  Mas precisava ser TÃO desencanada?  Mas... eu também sou assim, sempre fui, coitada dela puxar essas coisas dos pais.

XD

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Bye bye blog

>> terça-feira, 21 de outubro de 2014

Apenas para deixar registrado o visual que usei durante anos.

Todo recomeço exige uma reformulação desde as raízes. Trocar tudo o que está parado, ficando velho e mofado.

Foi bom enquanto durou, agora é sacudir a poeira e seguir em frente.

Good bye bye, so long, farewell...




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[Escola] Dica de leitura

>> terça-feira, 23 de setembro de 2014

Uma das dificuldades que encontro é em recomendar livros para as meninas lerem. Desde o primeiro ano as crianças são obrigadas a lerem, no primeiro ano 10 minutos diariamente e a partir do segundo ano pelo menos 15 minutos diariamente.

A partir desse ano ainda fizeram o dia da leitura. Todos os meses no dia 23 é o dia das crianças apresentarem um livro. Escrevem em uma folha o nome do livro e o que acharam dele. E o responsável tem que escrever uma palavrinha sobre isso: como a criança escolheu, como lê, se está gostando, etc.

Quando Melissa estava no primeiro ano li junto muitos livros. Como em casa tem muitos ehons (livros com gravuras), lia esses mesmo por ser curtinho. Depois que precisou ler pelo menos 10 minutos achei que precisava escolher livros maiores e comecei a pegar na biblioteca. Besteira, se a criança não tem o costume de ler ela se entedia e não presta atenção no que está lendo.

Melissa sempre detestou os livros e eu nunca soube incentivá-la. Peguei livros que fizeram parte da minha infância como O Mágico de Oz, A Fantástica Fábrica de Chocolate ou Alice no País das Maravilhas. Livros "grandes" e com muitos kanjis.  Um grande erro!


Depois a levava à biblioteca para que ela escolhesse, escolhia apenas ehons curtíssimos que lia em 2 minutos. Mesma coisa acontecia quando falava para escolher livros na biblioteca da escola.

Comecei a comprar livros de coletâneas, próprios para a série. E assim continuei para as leituras do segundo ano.

No terceiro ano esses livros acabavam rápido, cada estória não durava os 15 minutos necessários. Mas ela se sentou ao lado de uma amiguinha que gostava de ler e isso a incentivou a pegar livros mesmo que não lesse, pelo menos começou a carregar.

As Crônicas de Nárnia foi um que fui feliz ao escolher para ela, pena que apenas O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa tinha uma versão mais fácil de ler, os outros livros da série tem muitos kanjis que ela ainda não aprendeu, nem me arrisquei a pegar.

Conversando com a Claudia, uma amiga que tem 3 filhos leitores, ela me indicou uma série que parece ser muito interessante.

Magic Tree House de Mary Pope Osborne



Conta a estória de 2 irmãos, Jack e Annie, que moram na Pensilvânia e encontram em uma árvore uma casa mágica lotada de livros.  A aventura começa quando abrem um livro e literalmente entram na estória.

Achei na biblioteca e peguei o primeiro livro da série. Vamos ver se elas gostam, eu A-DO-REI XD



Recomendado para crianças de todas as idades, os kanjis tem yomigana ao lado. Li o começo e a linguagem usada é fácil de entender.


Em 2012 lançaram a animação, isso elas adoraram, achei com legenda persa (?). Se quiser legenda em inglês está dividido em quatro partes aqui.


O site é bem bonitinho.


São 36 livros até agora e é bem disputado na biblioteca. Se quiser comprar, o site oficial é o Media Factory.

Se quiser pedir na livraria マジック・ツリーハウス de メアリー・ポープ・オズボーン

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3 anos

>> terça-feira, 11 de março de 2014

Como nossa vida muda em um período tão curto de tempo.  Há 3 anos eu estava me preparando para voltar a trabalhar. Há 3 anos as meninas iam se separar de mim pela primeira vez porque iam começar a frequentar a pré-escola. Há 3 anos ocorria o terremoto monstro seguido do tsunami.

Ontem um senhor falou sobre o terremoto ocorrido há 3 anos e foi quando caiu minha ficha. Foi há apenas 3 anos. Mas e pra quem perdeu pessoas queridas? Esses anos foram uma eternidade. Infelizmente tudo o que posso fazer é orar pra que elas encontrem algum corforto com a ideia que essas pessoas estão em um lugar melhor.

Reli o que escrevi na época. Não exatamente quando ocorreu o terremoto, mas depois de um tempo fiz um post longo, que ainda me deixa triste quando leio.


Esse ano, a vida corrida, Melissa aguardando ansiosamente as férias da primavera, Karina aguardando a entrada na escola, a vida continua seguindo, mas relembrar de uma catástrofe como aquela nos faz refletir um pouco mais na finitude humana.

Não sei direito o que estou sentindo hoje, apenas que acordei um pouco melancólica, tem uma tristeza que não consigo explicar apertando o peito :ó(

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Gentileza

>> quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014


O rapaz tinha um problema nas pernas que o obrigava a andar mancando. Seu serviço era abastecer as linhas de produção. Andava o dia inteiro carregando caixas e mais caixas.

Ela era uma funcionária nova. Ágil, fazia tudo com rapidez o que lhe deixava com muito tempo livre para observar o que acontecia ao redor. Pensou que não custava pegar suas próprias peças para ajudar um pouco o rapaz.

Ele ficou bravo.

- O que você pensa que está fazendo? Está com pena de mim? Acha que não sou capaz de dar conta do serviço?

Engolindo o choro, pela primeira vez ela sentiu pena do rapaz. Quanta discriminação ele deve ter sofrido na vida para ter se endurecido tanto?

- Tome!

- O que é isso?

- Um pedido de desculpas. Não tive a intenção de ofendê-lo. Uma pena que não seja mais capaz de distinguir gentileza de menosprezo. Mas espero que essa bala possa adoçar seu dia e deixar seu coração mais leve.

Desconfiado, mas aceitou.

Ela percebeu que se tornou o assunto do da vez, apesar de nada comentarem com ela. Tampouco tinha vontade de falar sobre o ocorrido, sentia que as lágrimas contidas a tanto custo explodiriam a qualquer momento.

Na manhã seguinte ele lhe estendeu um chocolate.

- Aceito sua ajuda se você aceitar minhas desculpas.

Ele não sabe, e nem precisa, mas adoçou muito mais do que a boca quando todas as manhãs a recebe com um "Bom dia!" sorrindo.

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Incentivo

>> domingo, 23 de fevereiro de 2014


Melissa sempre foi muito parecida comigo, não fisicamente felizmente, mas o gênio difícil, os interesses, as brincadeiras...

Sempre gostei de esportes e ela também. Gostamos da água e natação é um dos esportes favoritos nosso. Sempre fui rápida na corrida de curta  distância, Melissa é devagar mas gosta de correr, sempre foi uma criança agitada.

Na escola todos os anos tem maratona, que acontece em dezembro. Obviamente não correm 42 km, mas alunos de 1ª e 2ª série tem que correr 900 m. Eles começam a treinar mais ou menos em outubro e Melissa ODEIA. A maratona é um martírio para ela e eu não conseguia entender o porque de tanto ódio se ela corre muito todas as vezes que vamos aos parques. Aí lembrei que eu também detestava as aulas de cooper. Nunca tive resistência para corridas longas, logo começava a doer do lado da barriga. A professora nos fazia correr os 45 minutos que durava a aula, podíamos andar se cansássemos mas não podia parar. Era uma aula muito ruim de fato. Eu caminho bem, mas correr...

Os treinos e a maratona ocorrem em um parque aqui perto. A pista não é plana, tem subidas e descidas. Costumo caminhar lá quando tenho tempo, correr é difícil mesmo.

Ano passado Melissa voltou com o papel da colocação nos treinos: 43. Perguntei quantas meninas eram: 43 ¬¬

Ela diz que não gosta de correr porque nunca chega em primeiro. Eu disse que essa maratona era uma aula, como o undoukai (gincana), não é uma competição e não precisa chegar entre os primeiros, basta conseguir completar. Mas se quisesse uma melhor colocação ela tinha que se esforçar mais. No dia seguinte chegou em 22º lugar o.O Mas como cansou demais achou que o esforço não vale a pena >.<

Como eu, ela não tem resistência. Achei que esse poderia ser o motivo para ela detestar  tanto a maratona. Contei que eu também não consigo  correr muito tempo e pedi para ela me treinar. Como vamos  ao parque todas as semanas, no sábado ela prometeu correr meia hora comigo. Depois estaria livre para brincar à vontade, correr com os amigos XD E no domingo ela pode escolher o parque que quer brincar sem se preocupar em me treinar.

Espero que treinando um pouco o ano inteiro  ela não se canse tanto quando chegar a época mais odiada da vida escolar da minha menina.

#Oremos

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Ser adulto dói

>> terça-feira, 18 de fevereiro de 2014



No banho Karina acha minha cicatriz da cesária.

- O que é isso?

- Você e Melissa saíram da barriga da mamãe por aqui.

O.O

- Eu não quero ficar adulta. Não quero cortar barriga pra ter filhos.

- Nem sempre é preciso cortar a barriga, filha.

- Mas não quero tirar bebês pela piriquita.

- Vamos deixar pra você se preocupar com essas coisas depois? Agora é muito cedo, agora é época de você brincar, certo?

- Certo! Mas não quero cortar a barriga porque dói e não quero peidar um bebê com a periquita porque também dói.

Segurando a risada (peidar um bebê pela piriquita kkkkkkkkk).

- Tá, mamãe entendeu. Você não quer ter filhos desse jeito. Mas vamos brincar e parar de pensar na hora de ter filhos?

- Certo! Mas se eu não tiver filhos desse jeito minha barriga vai explodir pro bebê nascer?

- Não, barrigas não explodem. Não precisa ter medo, na hora que você for ter filhos vai ser só alegria. Vamos brincar agora?

- Certo! - continua pensando.

- Meu bebê vai nascer de um ovo, ovo não dói pra botar. Ou será que vou achar dentro de um pêssego? Nãaaaaaao, já sei! Vou achar dentro de um pedaço de bambu. Já decidi como vou ter meus filhos. Vou ter um monte de filhos sem precisar ficar barriguda.

Ahhh filha, se você soubesse como é gostoso sentir quando vocês estão dentro da gente.  Se soubesse da vontade que tenho de colocar vocês dentro da barriga pra ter vocês só pra mim novamente.  Se soubesse que apesar de toda a dor, pré e pós parto, a alegria de ter vocês em minha vida supera tudo.

Um dia espero poder fazer por vocês tudo o que minha mãe fez por mim quando vocês nasceram. Até lá, não se preocupem com esses detalhes e brinquem bastante.

Suspiro profundo e sorriso besta no rosto (^-^)

*Lendas japonesas: 1. Momotarou nasceu  de um pêssego gigante que veio na correnteza de um rio e foi achado por um casal de velhinhos que não podiam ter filhos.
2. Kaguyahime, a princesa da lua, brilhava dentro de um bambu e foi achado por um casal de velhinhos que não podiam ter filhos.

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Eu primeiro!

>> terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Karina folgada sempre quer ser a primeira a fazer as coisas: quer dar beijo no pai antes da Melissa, quer trocar de roupa primeiro, quer que a irmã venha depois dela.

Aí que no banho me pergunta por que Melissa nasceu antes. ELA tinha que nascer primeiro.

Perguntei por que ela não chegou antes da Melissa se queria tanto assim nascer primeiro.

Pensou, pensou e perguntou por que eu tenho pentelhos e peito grande.

Mudar de assunto ainda é a melhor tática para fugir de uma pergunta capsiosa. Até a baixinha já descobriu isso, e eu nem precisei ensinar #orgulho (≧∇≦)

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