Bike

Estou mais animada pra me exercitar, continuo caminhando sempre que não chove. Agora peguei emprestada a bicicleta do Silvio. Ela tem uma cadeirinha pra poder carregar a Melissa. Mas primeiro quero treinar, senão vamos eu e Melissa pro chão. A última vez que me aventurei a andar numa bike caí e trinquei meu joelho.
Imagina a cena. Eu, numa mountain bike, com 1 sacola de compra pendurada em cada lado esperando pra atravessar a rua em frente a uma loja de departamentos. Abre o farol e vou devagar porque tem um moooonte de gente atravessando junto. Um besta resolve ficar indeciso se vai pra direita ou pra esquerda bem na minha frente. Claro que perdi o equilíbrio, nunca dominei a bicicleta. Fui direto pra dentro de um canteiro de flores da academia que ficava do outro lado da rua. Isso bem na hora que estava saindo um monte de gente da dita academia. Batatas, cebolas e laranjas saíram rolando pela calçada. Me levantei com o joelho sangrando, a calça rasgada (no joelho), mancando e nem uma alma bondosa me ajudou. Cheguei em casa e fui limpar o machucado, tive que tirar um monte de pedrinhas que tinham entrado.
No dia seguinte fui trabalhar com o joelho inchadaço. O pior é que eu tinha que ficar pisando em um pedal pra soldar a pecinha de tv. Não agüentei trabalhar nem até a hora do almoço, pedi pra deixar eu ir ao ortopedista. Graças a Deus tinha um que ficava do lado da fábrica. Tirei uma radiografia e estava trincado, só que não podia engessar porque tinha uma baita ferida que podia apodrecer se fechasse. Tive que ficar só nas faixas.
Agora se eu cair não vai ser batata ou cebola que vai rolar, tenho que conseguir abaixar um pouco mais o banco também, está muito alto, tenho que ficar nas pontas dos pés. Porque não cresci mais um pouco? Meus irmãos são tão altos, porque só eu tive que estacionar no 1 metro e meio?