Hina matsuri e ano bissexto
>> segunda-feira, 3 de março de 2008
Hoje se comemora o Hina Matsuri aqui no Japão. Esses dias estou muito "japonesa" Nesses anos todos que estou morando aqui, nunca me interessei em saber a história ou a cultura desse país. Conhecia algumas coisas pois meu pai é japonês e me ensinou muita coisa, os costumes eu me esforcei e ainda me esforço pra aprender e respeitar, mas não sei o que me deu comecei a querer saber mais.
Em minhas pesquisas descobri coisas que eu nem fazia idéia do significado. Vou por um resumo do que aprendi.
Comemorado no terceiro dia do terceiro mês do ano, o Hina Matsuri simboliza o dia das meninas. E como é época das flores do pessegueiro desabrocharem também é conhecido como Momo no Sekku (Festival do Pêssego).
É montada uma plataforma no formato de escada coberta com pano vermelho onde são colocadas bonecas, as Hina Ningyo vestidas com roupas da corte do Perído Heian (794-1185), representando o imperador (Odairisama), a imperatriz (Ohinasama), 3 senhoras da corte (San'nin Kanjo) e 5 músicos (Go'nin Bayashi). Também são dispostos miniaturas diversas (ferramentas, carruagens, etc), 2 ministros (Zuishin), 3 servos (Eji), flores de cerejeira, de pessegueiro, comida (Hina arare e Hishimochi) e Shirozake (sake não alcoólico feito a partir do arroz fermentado podendo ser consumido por crianças).
Tem uma música infantil sobre essa data.
Hina Matsuri
Akari wo tsukemashou bonborini
Ohanawo aguemashou momo no hana
Go'nin bayashi no fue taiko
Kyou wa tanoshii Hinamatsuri
Odairisama to Ohinasama
Futari narande sumasigao
Oyome ni irashita neesama ni
Yoku nita kanjono shiroikao
Kin no Byoubuni utsuru hi wo
Kasukani yusuru haru no kaze
sukoshi shirozake mesaretaka
akai okaono udaijin
Kimono wo kikaete obi shimete
kyou wa watashi mo haresugata
haru no yayoi no kono yohiki
nani yori ureshii hinamatsuri
E como não podia deixar de ter, um vídeo do YouTube com a música
Em minhas pesquisas descobri coisas que eu nem fazia idéia do significado. Vou por um resumo do que aprendi.
Comemorado no terceiro dia do terceiro mês do ano, o Hina Matsuri simboliza o dia das meninas. E como é época das flores do pessegueiro desabrocharem também é conhecido como Momo no Sekku (Festival do Pêssego).
É montada uma plataforma no formato de escada coberta com pano vermelho onde são colocadas bonecas, as Hina Ningyo vestidas com roupas da corte do Perído Heian (794-1185), representando o imperador (Odairisama), a imperatriz (Ohinasama), 3 senhoras da corte (San'nin Kanjo) e 5 músicos (Go'nin Bayashi). Também são dispostos miniaturas diversas (ferramentas, carruagens, etc), 2 ministros (Zuishin), 3 servos (Eji), flores de cerejeira, de pessegueiro, comida (Hina arare e Hishimochi) e Shirozake (sake não alcoólico feito a partir do arroz fermentado podendo ser consumido por crianças).
Tem uma música infantil sobre essa data.
Hina Matsuri
Akari wo tsukemashou bonborini
Ohanawo aguemashou momo no hana
Go'nin bayashi no fue taiko
Kyou wa tanoshii Hinamatsuri
Odairisama to Ohinasama
Futari narande sumasigao
Oyome ni irashita neesama ni
Yoku nita kanjono shiroikao
Kin no Byoubuni utsuru hi wo
Kasukani yusuru haru no kaze
sukoshi shirozake mesaretaka
akai okaono udaijin
Kimono wo kikaete obi shimete
kyou wa watashi mo haresugata
haru no yayoi no kono yohiki
nani yori ureshii hinamatsuri
E como não podia deixar de ter, um vídeo do YouTube com a música
Até pensei em traduzir a música até perceber que apesar de entender o significado das palavras, não sei como traduzir
Existe uma ordem para dispôr as bonecas em cada andar e mais um monte de frescuras, se quiser saber mais detalhes leiam nesses sites, que serviram como fontes da minha pesquisa:
Cultura Japonesa
Wikipédia
Aliança Cultural Brasil-Japão
Existe uma ordem para dispôr as bonecas em cada andar e mais um monte de frescuras, se quiser saber mais detalhes leiam nesses sites, que serviram como fontes da minha pesquisa:
Cultura Japonesa
Wikipédia
Aliança Cultural Brasil-Japão
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Continuando o assunto curiosidades, mas nada a ver com o Japão Já passou o 29 de fevereiro, e nunca havia pensado nisso, mas o Helio fez uma pergunta que instigou meu lado detetive e "fui obrigada" a procurar a resposta.
"Por que chama ano bissexto se o fato ocorre a cada quatro anos?"
Verdade, porque o nome não é relacionado com o número quatro?
No antigo calendário romano, os dias tinham nomes com base no ciclo lunar e um mês dividia-se em três seções separadas por três dias fixos: Calendas (lua nova), Nonas (quarto-crescente) e Idus (lua cheia). Os dias eram designados como costumamos fazer com as horas dizendo "15 para as 3" ao invés de 14:45h. Assim o dia 3 de fevereiro, por exemplo chamava-se "antediem III Nonas Februarii", ou seja "três dias antes da Nona de Fevereiro". O dia 24 de fevereiro chamava-se "antediem VI Calendas Martii" ou "antediem sextum Calendas Martii", ou seja "sexto dia antes da Calendas de Março".
Em 46 a.C., o imperador romano Júlio César (102-44 a.C.) resolveu intervir no sistema de contagem do calendário. Para elaborar esta tarefa, trouxe de Alexandria o astrônomo grego Sosígenes. Essa medida foi necessária porque o tamanho do ano não era um número inteiro de dias. O calendário Juliano baseia-se no fato de que o ano se completa com aproximadamente 365,25 dias.
Ao fazer a introdução de mais um dia no ano, Julio César escolheu o mês de fevereiro, e dentro deste mês escolheu por "fazer um bis" ou "duplicar" o dia 24, chamando-o de "antediem bis-sextum Calendas Martii". Daí surgiu o nome "bissexto", que passou a designar o ano que tivesse este dia suplementar.
Júlio César escolheu o mês de fevereiro para adicionar um dia porque, além de ser o mês mais curto do ano, com 28 dias, era também o último mês do ano entre os romanos, que ainda por cima o consideravam como um mês nefasto. A escolha da duplicação do dia 24, ao invés de se introduzir o novo dia 29 (como fazemos hoje) se deu por motivos supersticiosos.
Esse calendário foi usado até o século XVI, quando observou-se uma pequena discrepância entre o tamanho aproximado (365,25 dias) e o real (365,24219 dias).
Complicado? Resumindo, para dar uma volta completa em torno do sol, a terra gasta 365 dias e algumas horas. Mais precisamente 365 dias e 6 horas, assim sobrando 6 horas por ano, a cada 4 anos temos um dia inteiro, por isso é acrescentado mais um dia em fevereiro, apenas continuando o calendário juliano.
Em 1582 o Papa Gregório XIII instituiu o calendário Gregoriano, esse que usamos agora, e as regras para determinar o ano bissexto mudaram.
A adoção do calendário gregoriano foi feita nos países católicos em 1582. Este calendário também estipulou que o ano começaria em primeiro de janeiro. Nos países não católicos a mudança foi feita mais tarde; a Inglaterra e suas colônias, por exemplo, fizeram a mudança em 1752.
Existe uma série de cálculos para chegar ao tamanho do ano e no final foi adotado uma média de 365,2425 dias, o que causa um erro aproximado de 3 dias a cada 10.000 anos. A busca por um calendário perfeito não terminará nunca, apesar da precisão dos instrumentos de medida aumentarem constantemente, pois o máximo que poderemos calcular será sempre um valor médio, já que o período em que a Terra dá uma volta em torno do Sol não é constante. Em sua longa viagem pelo espaço em volta do Sol, o nosso planeta sofre pequenas alterações de velocidade, causadas pela influência das forças gravitacionais de outros corpos celestes. Essas pequenas variações, ao longo de muitos anos, sempre causarão erros em relação aos nossos calendários "fixos".
Mitos e tradições também envolvem estes anos: as pessoas que nascem no dia 29 de fevereiro em geral são registradas na data anterior ou posterior ao nascimento, para não haver problemas quanto à emissão de documentos. Outra tradição divertida surgiu na Escócia, por volta do ano de 1288 e permaneceu até o início de século XX, determinando que quando o ano fosse bissexto, as mulheres teriam o direito de escolher, dentre os solteiros, aquele que queriam para marido. Caso o escolhido não aceitasse o casamento, teria que pagar uma multa, de acordo com suas posses.
Entretanto, análises históricas demonstram que os anos bissextos não justificam tal estigma.
Fontes:
Unificado
Espaço Ciência
Matemática Divertida
Cultura inútil, mas informação nunca é demais
"Por que chama ano bissexto se o fato ocorre a cada quatro anos?"
Verdade, porque o nome não é relacionado com o número quatro?
No antigo calendário romano, os dias tinham nomes com base no ciclo lunar e um mês dividia-se em três seções separadas por três dias fixos: Calendas (lua nova), Nonas (quarto-crescente) e Idus (lua cheia). Os dias eram designados como costumamos fazer com as horas dizendo "15 para as 3" ao invés de 14:45h. Assim o dia 3 de fevereiro, por exemplo chamava-se "antediem III Nonas Februarii", ou seja "três dias antes da Nona de Fevereiro". O dia 24 de fevereiro chamava-se "antediem VI Calendas Martii" ou "antediem sextum Calendas Martii", ou seja "sexto dia antes da Calendas de Março".
Em 46 a.C., o imperador romano Júlio César (102-44 a.C.) resolveu intervir no sistema de contagem do calendário. Para elaborar esta tarefa, trouxe de Alexandria o astrônomo grego Sosígenes. Essa medida foi necessária porque o tamanho do ano não era um número inteiro de dias. O calendário Juliano baseia-se no fato de que o ano se completa com aproximadamente 365,25 dias.
Ao fazer a introdução de mais um dia no ano, Julio César escolheu o mês de fevereiro, e dentro deste mês escolheu por "fazer um bis" ou "duplicar" o dia 24, chamando-o de "antediem bis-sextum Calendas Martii". Daí surgiu o nome "bissexto", que passou a designar o ano que tivesse este dia suplementar.
Júlio César escolheu o mês de fevereiro para adicionar um dia porque, além de ser o mês mais curto do ano, com 28 dias, era também o último mês do ano entre os romanos, que ainda por cima o consideravam como um mês nefasto. A escolha da duplicação do dia 24, ao invés de se introduzir o novo dia 29 (como fazemos hoje) se deu por motivos supersticiosos.
Esse calendário foi usado até o século XVI, quando observou-se uma pequena discrepância entre o tamanho aproximado (365,25 dias) e o real (365,24219 dias).
Complicado? Resumindo, para dar uma volta completa em torno do sol, a terra gasta 365 dias e algumas horas. Mais precisamente 365 dias e 6 horas, assim sobrando 6 horas por ano, a cada 4 anos temos um dia inteiro, por isso é acrescentado mais um dia em fevereiro, apenas continuando o calendário juliano.
Em 1582 o Papa Gregório XIII instituiu o calendário Gregoriano, esse que usamos agora, e as regras para determinar o ano bissexto mudaram.
A adoção do calendário gregoriano foi feita nos países católicos em 1582. Este calendário também estipulou que o ano começaria em primeiro de janeiro. Nos países não católicos a mudança foi feita mais tarde; a Inglaterra e suas colônias, por exemplo, fizeram a mudança em 1752.
Existe uma série de cálculos para chegar ao tamanho do ano e no final foi adotado uma média de 365,2425 dias, o que causa um erro aproximado de 3 dias a cada 10.000 anos. A busca por um calendário perfeito não terminará nunca, apesar da precisão dos instrumentos de medida aumentarem constantemente, pois o máximo que poderemos calcular será sempre um valor médio, já que o período em que a Terra dá uma volta em torno do Sol não é constante. Em sua longa viagem pelo espaço em volta do Sol, o nosso planeta sofre pequenas alterações de velocidade, causadas pela influência das forças gravitacionais de outros corpos celestes. Essas pequenas variações, ao longo de muitos anos, sempre causarão erros em relação aos nossos calendários "fixos".
Mitos e tradições também envolvem estes anos: as pessoas que nascem no dia 29 de fevereiro em geral são registradas na data anterior ou posterior ao nascimento, para não haver problemas quanto à emissão de documentos. Outra tradição divertida surgiu na Escócia, por volta do ano de 1288 e permaneceu até o início de século XX, determinando que quando o ano fosse bissexto, as mulheres teriam o direito de escolher, dentre os solteiros, aquele que queriam para marido. Caso o escolhido não aceitasse o casamento, teria que pagar uma multa, de acordo com suas posses.
Entretanto, análises históricas demonstram que os anos bissextos não justificam tal estigma.
Fontes:
Unificado
Espaço Ciência
Matemática Divertida
Cultura inútil, mas informação nunca é demais
6 Comentário(s):
O post de hj tá um arraso cultural! Aprecio demais a cultura japonesa, inclusive já sabia de todas essas informações e quando tiver a minha menininha farei um altar desses p ela :-) humm sobre o ano bissexto é bem interessante, não sabia de todas essas informações.
Um belo Hina Matsuri para as suas japonesinhas!
Bjão Herika ***
Herika bem montado seu post tmb não sabia porque se chamava ano bissexto.... Interessante essa comemoração Hina Matsuri, eu ia adorar conhecer outras culturas, historias, mas também deve ser complicado comemora uma coisa que não faz parte de sua historia e cultura... sobre os selos no meu blog, a algum tempo atrás eu tinha um mural, mas eram tantos que ficava difícil de abrir o blog, então optei por colocar como post mesmo... Bju e uma otima semana ;)
Oi Hérika.
Muito legal o seu post sobre o Hina matsuri. Existem comemorações em outros países que nem sonhamos que possam existir.
É muito bom poder conhecer outras culturas.
Bjs.
Elvira
Vivendo e aprendendo.
Herika
obrigado por passar no blog, cheguei aqui por seu comentário. :)
Se não fosse você, teria esquecido completamente do Hina Matsuri! Fiz um post agora e dei créditos com link para cá, tá? Hina Matsuri: o dia das meninas
Gostei do seu blog e as fotos das crianças são lindas.
Abraços
Sam
Herika, amei saber sober o dia das Meninas, Hina Masuri , continue com esses posts da cultura niponica que aí que não vou conseguir sair do seu blog mesmo, hehe !
Ahhhh, estou olhando as fotos do passeio e ficando de queixo caido, posso utilizar aquela do castelo para fazer um scrap ? Aí dou de presente para vc, hehe !
Beijocas !!
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