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Síndrome de Ménière

>> quarta-feira, 22 de abril de 2009

Vulgo Labirintite.

Eu conhecia a doença porque vi meus pais e meu irmão tendo crises horrorosas em casa. Mas a primeira manifestação dela em minha vida foi aqui no Japão. E eu, apesar de conhecer todos os sintomas, não sabia falar o nome da dita ao médico.

As pessoas que eu perguntava sobre infecção no ouvido sempre respondem que é chuujien (leia tyudien). Mas não é isso. Chuujien é otite média e o labirinto é ouvido interno. Aí falam, então é Naijien. É, não está de todo errado, mas naijien é otite interna genérica, vamos dizer assim. Eu precisava do nome da doença correta, que não consta em dicionário algum.

Minha sorte é saber falar a língua, assim vou ao otorrino, explico os sintomas, ele entende qual o meu mal e me dá os remédios que me curam. Pra ser bem sincera nunca perguntei que doença eu tinha, pois sabia que era labirintite.

Na primeira crise, em minha ignorância, nem sequer sabia que precisava ir a um otorrino e fui a um clínico geral que, por sorte, era muito bom. Não podia mexer a cabeça ou o mundo rodava em volta de mim a uma velocidade vertiginosamente rápida e eu não conseguia me manter em pé. Eu simplesmente caía, não desmaiava, mas caía. Por causa dessa tontura eu tinha dores de cabeça horrorosas, além de enrijecimento do ombro e do pescoço, vomitava demais (cheguei a emagrecer quase 10 kg em 3 dias), zumbido e sensação de ouvido tampado (tipo quando desce a serra).

Cheguei, expliquei o que eu estava sentindo e me deram uma ficha pra preencher. Quando baixei a cabeça pra escrever quase caí, nem consegui terminar de preencher e já me levaram pra esperar deitada em uma maca. Eu ainda tentei argumentar que preferia ficar sentada, porque sabia que se mudasse o ângulo da minha cabeça de maneira tão brusca eu ia morrer de tanta tontura. Mas a enfermeira insistiu que seria melhor deitar pra eu poder esperar mais relaxada. Deitei e na mesma hora o mundo começou a rodar. Sentei mas já era tarde e senti um arrotão vindo lá do fundo. Eu ia vomitar.

Elas foram rápidas, vi uma tigelinha na minha frente e senti uma mão alisando minhas costas. Fechei os olhos e mandei ver. Eu suava frio e senti alguém limpando minha testa e minhas lágrimas, além da boca. A mão continuava alisando minhas costas e a tigela continuava encostada na minha boca.

Terminada a caca abri os olhos. Tinha umas 6 enfermeiras à minha volta. A que segurava meu braço e me alisava, a que limpava minha boca, a que limpava minha testa e meus olhos e três em fila com tigelinhas. Eu enchi as três.

Quando parei de tremer, me deram um copo d'água e me levaram pra frente do médico na hora. Diagnosticado que meu ouvido estava inflamado, fui tomar soro, ganhei remédios e pude ir embora. Tive que ficar de repouso por 4 dias.

Depois disso tive outras crises, mas nunca mais deixei chegar a esse ponto. Quando sinto uma se aproximando (sim, ela vem devagar) já vou ao otorrino, explico meu estado, ganho remédios e fico bem.

Faz muito tempo que ela não se manifesta, graças a Deus. Mas essa semana a Ju cismou que estava com labirintite, mas não conseguiu fazer seu médico entendê-la, então hoje a levei em um aqui na cidade vizinha.

Consultório chique, super bem equipado, médico paciente e muito bonzinho. Adorei o lugar, pena ser um tantinho longe, acho que vou acabar ficando com o médico que sempre levo as meninas mesmo, ele sempre resolveu muito bem as nossas infecções e alergias. Mas gostei muito mesmo desse médico.

Pra que estou contando tudo isso? Porque vi a importância de perceber quando chega a hora de mudar de médico quando o seu não resolve seu problema. Engraçado como escrito assim parece óbvio, mas quando estamos acostumados a frequentar sempre o mesmo médico, mesmo que ele não consiga resolver, ele tem todo o seu histórico, então acabamos sempre voltando... e ficamos reclamando.

Ela ganhou um monte de remédios, uns corticosteróides anti-inflamatórios, relaxante muscular, remédio para o estômago e para melhorar as vertigens. Espero que melhore logo. Semana que vem tem que voltar, mas eu não posso levar novamente porque vou para a casa do meu irmão em Aichi passar o feriadão com ele e a cunhadinha grávida.

Senti também a dificuldade quando não consegue se comunicar. Então a quem interessar:

Labirintite: Menieru-byou
Otorrinolaringologista: Jibika
Vertigens/tontura: Memai
Zumbido: Miminari
Náusea/enjoo: Hakikê
Vômito: Ooto
Dor de cabeça: Zutsu
Enrijecimento dos ombros: Katakori

Para saber mais detalhes sobre a doença e seus sintomas leia aqui e aqui.

2 Comentário(s):

Ciça Donner 9:33 PM, abril 23, 2009  

maninha eu tive todos esses sintomas uma vez e foi cogitado a labirintite, mas como eles nunca mais voltaram a acontecer, nem tenhoc erteza se era!

Douglas 11:12 AM, maio 05, 2009  

Nossa, que chato sentir isso. É algo que vc vai ter pra sempre?

Muito útil pra quem tem esses sintomas e está aí e não sabe explicar.

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